Canção de outono, de Paul Verlaine

Paul Verlaine (1844-1896), simbolista francês e um dos principais poetas malditos do final do século XIX (o fin-de-siècle), publicou o poema Chanson d'automne em 1866, aos 22 anos, na coletânea Poèmes saturniens.

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Outono no Rio Hudson, 1860. Óleo sobre tela de Jasper Francis Cropsey (1823–1900). Washington DC, National Gallery of Art 1963.9.1. Wikimedia Commons, domínio público

Os longos lamentos Dos violinos Do outono Enchem meu coração De langor Monótono. E sufocando, lívido, quando soa a hora, eu me recordo dos dias de outrora e choro. E vou embora com o vento mau que me leva para cá, para lá, como uma folha morta.

Chanson d'automne

Les sanglots longs Des violons De l'automne Blessent mon coeur D'une langueur Monotone. Tout suffocant Et blême, quand Sonne l'heure, Je me souviens Des jours anciens Et je pleure Et je m'en vais Au vent mauvais Qui m'emporte Deçà, delà, Pareil à la Feuille morte.

Referências

Verlaine, Paul. Poèmes saturniens: suivi de Fêtes galantes. Paris: Librairie générale française, 1961, p. 69.