Alfred de Musset(1810-1857), poeta romântico francês, publicou o soneto Tristesse em 1840.
Eu perdi minha força, minha vida,meus amigos e minha alegria;perdi até a altivezque insinuava minha genialidade. Quando descobri a Verdade,acreditei ser ela uma amiga;Quando a compreendi e senti,Já estava enfastiado dela. E contudo ela é eterna,e aqueles que dela não precisaramAqui em baixo tudo ingnoraram. Deus fala, é preciso que respondamos.O único bem que me resta no mundoÉ ter algumas vezes chorado.
Tristesse
J’ai perdu ma force et ma vie,Et mes amis et ma gaieté ;J’ai perdu jusqu’à la fiertéQui faisait croire à mon génie. Quand j’ai connu la Vérité,J’ai cru que c’était une amie ;Quand je l’ai comprise et sentie,J’en étais déjà dégoûté, Et pourtant elle est éternelle,Et ceux qui se sont passés d’elleIci-bas ont tout ignoré. Dieu parle, il faut qu’on lui réponde.Le seul bien qui me reste au mondeEst d’avoir quelquefois pleuré.
Referências
Musset, Alfred de. Poésies nouvelles. Paris: Charpentier, nouv. éd.1854, p. 182.