O poeta romântico inglês John Keats(1795-1821) escreveu o soneto The human seasons em Teignmouth, Inglaterra, e o colocou em uma carta datada de 13 de março de 1818 e dirigida a Benjamin Bailey.
Quatro estações preenchem o espaço de um ano.Há quatro estações na mente do homem:Ele tem sua vigorosa Primavera, quando clara fantasiaAbsorve toda a beleza com agradável extensão; Ele tem seu Verão, quando voluptuosamenteAs doçuras da Primavera no juvenil pensamento ele amaRuminar e, com esse alto sonhar,Está próximo do céu; enseadas tranquilas Sua alma tem, em seu Outono, quando as asasDobradas ele fecha, assim contente por olharNévoas em ociosidade — para deixar coisas belas Passarem despercebidas, como uma corrente no limiar.Ele tem também seu Inverno, de pálida transfiguração,de outro modo deixaria de notar sua natureza mortal.
The human seasons
Four seasons fill the measure of the year;There are four seasons in the mind of man:He has his lusty Spring, when fancy clearTakes in all beauty with an easy span: He has his Summer, when luxuriouslySpring's honied cud of youthful thought he lovesTo ruminate, and by such dreaming highIs nearest unto heaven: quiet coves His soul has in its Autumn, when his wingsHe furleth close; contented so to lookOn mists in idleness—to let fair things Pass by unheeded as a threshold brook.He has his Winter too of pale misfeature,Or else he would forego his mortal nature.
Referências
Forman, H. Buxton (ed.). The Complete Works of John Keats, v. 2. New York, Thomas Y. Crowell, 1818, p. 201.